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PostHeaderIcon 1-º DE MAIO EM AVEIRO

O tempo chuvoso que se fez sentir no distrito, criou dificuldades objectivas na participação de muitas pessoas nas comemorações do dia do trabalhador, mas não impediu que mais de dois mil manifestantes participassem na tradicional Manifestação do Largo da Estação da CP, até ao Largo do Rossio.

Foi uma Manifestação animada e com força, como o comprovam as diversas palavras de ordem gritadas designadamente: “é mesmo necessário o aumento do salário, os salários a baixar e os lucros a aumentar, assim não vai dar sempre os mesmos a pagar, a precariedade é injusta os jovens estão em luta, desemprego em Portugal é vergonha nacional, serviços públicos sim privatização não, o programa de agressão só aumenta a exploração”.

Já no Largo do Rossio Joana Dias, dirigente da InterJovem, referiu que “os jovens trabalhadores querem trabalho e exigem direitos, que basta de desemprego, que no nosso distrito 35% dos desempregados são jovens, dos mais de 15,500 jovens desempregados a maioria não tem qualquer protecção social, que dos mais de 11 mil desempregados inscritos no 1º trimestre de 2012, 33% eram precários o que confirma que a precariedade é a antecâmara do desemprego”.

Adelino Nunes, Coordenador da União dos Sindicatos de Aveiro e da Comissão Executiva da CGTP-IN, começou por saudar as trabalhadoras do Pingo Doce e do Continente, que não obstante as pressões que sofrerem fizeram greve e estavam a participar no 1-º de Maio, bem como as gerações de trabalhadores e de trabalhadoras que, com a sua acção, ousaram afrontar o capital e conquistar o direito ao Dia Internacional do Trabalhador.

Saudou, ainda, os trabalhadores do sector privado e da Administração Pública que, num quadro de redução generalizada do seu poder de compra, participaram activamente nas lutas desenvolvidas nas empresas e serviços, nos sectores e nas regiões e nas grandes jornadas de luta nacionais, como a manifestação de 11 de Fevereiro e a Greve Geral de 22 de Março, luta que vai continuar, afirmou.

“Eles sabem que são os únicos responsáveis pela crise, os que governaram o país durante as últimas décadas, que implementaram uma política de destruição do aparelho produtivo, um modelo assente nos baixos salários e ao serviço do capital. Eles são os que assinaram o chamado “Memorando de Entendimento” com o FMI-BCE-UE, que promove as injustiças e as desigualdades, generaliza o empobrecimento da população, aumenta a exclusão social e põe em causa a democracia e a soberania nacional”.

“Eles são os coveiros do país. É hora de dizer BASTA! É urgente e necessária uma mudança de política”.

“Este é um Governo que diz que não tem dinheiro para os direitos sociais, mas ao qual não falta para pagar juros elevadíssimos, como fica patente nos mais de 35 mil milhões de euros a pagar pela dita “ajuda externa” ou os 744 milhões pagos só nos primeiros três meses de 2012, valor superior ao da totalidade dos subsídios e protecção com o desemprego”disse

Continuando, afirmou que é possível resolver os problemas estruturais e dar um rumo de desenvolvimento económico e social ao país, que a CGTP-IN vai continuar lutar pela exigência:

- Da renegociação imediata da dívida, alargando os prazos, reduzindo os juros e os montantes para que o país possa crescer, desenvolver e assumir os seus compromissos;

- Do prolongamento do período para a redução do défice público;

- Da promoção da produção nacional, na Agricultura, Pescas e Indústria, para responder ás necessidades do mercado interno, reduzir as importações e diminuir a dívida.

Que vai continuar a lutar

para defender as conquistas de Abril, exigindo:

- A retirada das propostas de alteração à legislação laboral para o sector privado e público e a dinamização da contratação colectiva como um instrumento de harmonização social no progresso;

- A criação do emprego com direitos, o combate ao desemprego, à precariedade e a todas as discriminações;

- Uma política de rendimentos que assegure uma mais justa distribuição da riqueza, nomeadamente com o aumento dos salários, em particular do SMN, assim como das pensões de reforma;

- O combate firme à evasão e fraude fiscal e economia paralela, para obtenção de recursos financeiros que respondam ás necessidades do país e da população;

- O reforço da protecção no desemprego e dos apoios sociais,

- O reforço dos serviços públicos e o combate á política de privatizações;

A valorização e dinamização das funções sociais do Estado nas áreas da Saúde, Educação e Segurança Social.

Aveiro, 1 de Maio, de 2012.

DIF/USA

 

Actualizado em (Domingo, 15 Julho 2012 09:57)